A eleição de 2022 será um plebiscito

Bolsonaro sabe que vai perder, mas como sempre, nega.

E seus eleitores estão sendo manipulados a acreditarem nessa vitória já em 1 turno. Bolsonaro começou nesta semana uma maratona de lives diárias até as vésperas da eleição.

Recebi ontem de familiares bolsonaristas videos montados em deep fake, com Willian Boner apresentando uma pesquisa em que Bolsonaro aparece em primeiro lugar (farsa desmascarada aqui). O desespero tomou conta do lado de lá.  

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Psicoterapia deve ser uma especialidade e não uma nova profissão

Desde de 2009 as psicoterapias vem sendo discutidas dentro do âmbito  das práticas profissionais das psicólogas e psicólogos. A prática clínica (psicoterapia) é uma das possibilidades de trabalho deste profissional, embora esta prática não seja exclusiva dele.

O fato é que qualquer pessoa pode ser um psicoterapeuta. Os mais comedidos fazem um curso, mas alguns não. Não há força de Lei que regule a psicoterapia. O debate corre nas infinitas lives e debates e resolvi aqui comentar um caminho possível para a regulamentação deste trabalho.

O paciente mascarado ou analista online?

Em reportagem do Jornal Nacional de ontem (13/04/2021) lemos que

“em nenhum outro lugar do mundo subiu tanto o diagnóstico de ansiedade e depressão, segundo um estudo da Universidade de Ohio em parceria com universidades de 11 países. Sofremos mais que os outros porque, no Brasil, a pandemia demora a ceder, concluem os pesquisadores.”

Muito bem. De fato, há um desastre de gestão politica que produz e produzirá efeitos importantes em todos nós.

Por outro lado, eu achei assustador como nós psicólogas(os) aderimos tão rapidamente a modalidade online de terapia, sem se que tentar aplicar os protocolos existentes de contenção a Covid… e sem se quer pensarmos sobre a necessidade e a urgência de estarmos presentes de fato ao lado dos pacientes neste momento.  

Precisamos aprender a jogar o jogo proposto pelo Bolsonarismo

O jogo é este

1. Bolsonaro fala merda

2. Esquerda se escandaliza

3. Mídia repercute

4. Bolsonarismo se fortalece (volta ao item 1)

É um jogo que se retroalimenta em ciclos, resultando no aumento de adesão ao Bolsonarismo. Bolsonarismo é um movimento cultural que se alimenta do conflito em si e não de sua resolução. Quanto mais conflito melhor. Não estão abertos a diálogo, porque os conflitos são propositalmente insolúveis. 

Autoestima?

Texto vai ser curto e direto, pois encontrei um vídeo do Professor Cristian Dunker (segue link no final do texto), que aprofunda bem a questão que quero compartilhar com vocês.

Se você quer um lugar comum na psicologia em épocas de “megalomania narcísica instagranzera”, é psicólogas (blogueiras) falando de “autoestima”.

Alexandre Garcia, Bolsonaro e Hidroxicloroquina: quando a ignorância é perigosa

A cloroquina já é, na minha opnião, uma polêmica morta.

Serve apenas para confirmar o que sabemos: Bolsonaro adora inventar desculpas para se eximir de suas responsabilidades, tipo um adolescente que tudo justifica e por nada se responsabiliza. 

Esse texto vai ser rápido para mostrar a vocês a metodologia de criação de notícias falsas (fakenews) por bolsonaristas.

A metodologia é simples.

Tempos de pandemia, novo normal ou qualquer bobagem 2 – A psicoterapia online

Há a presença do analista/terapeuta online? Sim, há. Do outro lado da câmera de fato há um analista e um paciente compartilhando a simultaneidade do tempo. Cria-se então um novo setting, um campo transferencial e a análise sim, pode funcionar.

No nosso consultório temos o controle de variáveis do tipo, temperatura, barulho, impedimos que intrusos entrem na sala e etc. O ambiente online é mais difícil de controlar: é preciso que ambos tenham uma boa conexão de internet, um local reservado livre de intrusos, e muita sorte para que a conexão não caia, fique lenta, intermitente. Portanto, o ambiente online oferece uma gama maior de variáveis que não podemos controlar e que, habitualmente, em nosso consultório fazemos questão de controlar. Isso por um lado pode gerar insegurança no analista e, por outro, pode gerar elementos novos que poderão fazer parte da análise e não necessariamente atrapalhar ou impedí-la.      

CAZUZA, RENATO RUSSO E FRED MERCURY NÃO MORRERAM DE AIDS!

Você concorda que o Cazuza, Renato Russo, Fred Mercury e muitos outros morreram de AIDS?

Se sim, você vai ter que concordar com as milhões de mortes de COVID!

No final dos anos 80 quando Cazuza morreu, eu era um garoto de 10 anos e a causa da morte do Cazuza era basicamente porque ele era roqueiro, viado e drogado – portanto pegou AIDS (sigla para “Síndrome da Imunodeficiência Adquirida”).

Minha infância foi dura, muitas ideias idiotas para combater.

 

Tempos de pandemia, novo normal ou qualquer bobagem: o atropelo da Ciência e da Prudência

Uma coisa que essa pandemia fez foi espalhar pelo mundo ótimas chances de cairmos em ciladas. O termo “Tempos de Pandemia” representa bem uma dessas ciladas. Outro termo é o “Novo Normal” que toca fundo os corações mais entediados.

 

Nazismo à moda da casa

Em um vídeo sinistro publicado em 17/01/2020, o secretário especial da cultura do governo Bolsonaro, Roberto Alvim, cita Goebbels ao som de uma ópera de Wagner.

Detalhes medonhos

1. Wagner: compositor alemão adorado por Adolf Hitler

2. Joseph Goebbels: ideólogo e Ministro da propaganda Nazista.

3. O enquadre do vídeo, a estética audiovisual, lembram muito os vídeos do próprio Goebbels na Alemanha Nazista.

Lembro me agora de outro detalhe medonho, a famosa frase de Goebbels : “Uma mentira dita cem vezes se torna verdade”.

Nessa frase, Goebbels, profetiza a função e objetivo das fake news, que nos preocupam tanto atualmente.

REVIDE CHAMA

Terapia pode acabar com a sua vida

O título deste texto é mais uma provocação do que uma afirmação válida.

Mas sim, na minha humilde opinião, uma terapia pode acabar com sua vida. Pode te deixar triste, pobre, dependente, paranoico, agressivo demais, pacifico demais…enfim, pode dar merda!

Mas por que isso?

Porquê terapia não é um tratamento isento de erros e de efeitos indesejados. Alias, efeitos indesejados são, até certo ponto, desejados (pelo menos em alguns tipos de terapia).

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Fica Sidarta Ribeiro!

Por volta de 2004 ou 2005, eu e meus amigos, semi-calouros da Biologia USP ribeirão preto, estávamos super entusiasmados com a possibilidade de estudarmos a mente.

Então, desde aí, descobrimos a ciência como única forma de responder a essa questão e havia todo um universo de possibilidades – materiais inclusive, de ser um cientista.

Junto disso, descobri Freud e a psicanálise, enquanto ainda fazia experimentos com animais de laboratório e todos meus amigos se envolviam crescentemente na neurociência. E nesse momento apareceu Sidarta Ribeiro em nossas vidas.

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Meninas e meninos separados na escola?

Ontem Eduardo Bolsonaro lançou a ideia de separar meninos e meninas nas escolas.

Automaticamente muitos, inclusive eu, se posicionaram contra.

Segurei a onda e depois de pensar um pouco fui pesquisar sobre isso.

Vi que na Islândia, que é um dos países mais iguais em termos de gênero no mundo, há uma iniciativa educacional que separa garotos e garotas, utiliza uniformes e etc. já há mais de 30 anos.

É melhor já ir se acostumando, Jair

Esta frase pipocava em posts de redes sociais e outdoors, fazendo um trocadilho com o nome de Jair Bolsonaro que crescia assustadoramente nas pesquisas de intenção de voto. Mas acho que ninguém botava fé que Bolsonaro pudesse de fato ocupar o cargo mais importante do país. Mas ocupa hoje.

Estamos nos acostumando?

Dia do Psicanalista: como assim?

Em 6 de maio comemora-se a data de aniversário do bom e velho Freud.

E então estudantes de psicologia e outros “profissionais psi” compartilham a informação de que 6 de maio é dia do psicanalista. Os psicanalistas, pelo que sei, fogem dessas formalidades de outras profissões, que no fundo tem muito mais um caráter marqueteiro do que científico ou terapêutico. A ética da psicanálise tornou os psicanalistas bastante sérios (no bom sentido) e por isso o ofício do psicanalista é até hoje suficientemente bom e respeitado.

Em redes sociais lemos frases como “orgulho de ser psicanalista!”

Heim?

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O fim da Universidade Pública, o ódio e um amplo espaço de impossibilidades

As ideias de que o “privado é melhor” e o “estado mínimo é necessário” fizeram com que as escolas públicas de base falissem – tanto em termos de verbas quanto em termos de formação e eficiência dos professores.

A classe média toda colocou seus filhos em escolas particulares. Isso aconteceu em meados dos anos 90, me lembro disso. Do dia para noite, recebo um aviso dos meus pais de que eu teria que mudar de escola. Fiz uma espécie de vestibulinho para entrar na escola particular e iniciei então a sexta série.

Privilégios absurdos

Todo inicio de ano nós brasileiros nos preocupamos com uma coisa. As contas e impostos que vencem, crianças na escola e demais dívidas que se alongam e que se iniciam.

E a boa educação financeira nos informa que é sempre bom saber para onde nosso dinheiro está indo. Afinal, aonde estão os vazamentos do nosso bolso? Então, cortamos gastos, deixamos para lá compras e prazeres que podemos nos furtar.

Um ou outro questionamento sobre a posse ou porte de armas no Brasil

As ações da Taurus (fábrica de armamento brasileira) subiram 93% desde o inicio do Governo Bolsonaro.

Nada como o mercado para predizer movimentos do comportamento de consumo. Ter armas será algumas das prioridades de “cidadãos de bem” que vivem em cidades com significativa violência, aquelas com mais de dez homicídios por 100 mil habitantes (o que inclui todas as capitais); residentes em áreas rurais; servidores públicos que exercem funções com poder de polícia e proprietários de estabelecimentos comerciais.

Os carinhas de 40 e poucos anos

Um advogado de 39 anos gravou um vídeo confrontando o ministro Lewandowski e diz: “Ministro, o STF é uma vergonha”

Tenho a mesma idade que esse advogado e a vergonha que sinto é outra.

Faço parte de uma geração de pessoas que nasceram no final da ditadura militar. Tivemos uma educação bastante contaminada por preceitos antidemocráticos em que autoridade se confundia com brutalidade e que o medo era sinônimo de respeito. Em minha classe social, tivemos pais que nos deram o suficiente em termos materiais e pouco apoio psicológico e afetivo. Isso nos criou.

A psicologia das massas em grupos de Whatsapp nas eleições 2018

As eleições deste ano foram marcadas pelo uso maciço das redes sociais por candidatos e eleitores. Não apenas isso. Há agravantes importantes.

Parece que um movimento definitivo foi a aposentadoria dos velhos computadores de mesa – grandes, desajeitados que demoravam para ligar – abrindo espaço para os smartphones: pequenos, rápidos e sempre a mão.

A luz de Bolsonaro

Vamos reconhecer.

Bolsonaro já é um “mito vivo”, uma figura histórica.

Conseguiu votação expressiva em todos os cantos do Brasil, sem tempo de TV, sem gastar dinheiro como se gastava antigamente (será?), sem plano de governo, sem discurso e passando boa parte do seu tempo no Twitter.

O que explica isso?